FPI do Rio São Francisco impede comércio de pássaros silvestres e combate caça predatória

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Delmiro Gouveia/AL – Nesse fim de semana, a Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do Rio São Francisco) atuou no resgate de animais silvestres. Após receber denúncias da população, a força-tarefa recuperou 26 pássaros que estavam presos em gaiolas e viajantes (estruturas de madeiras para transporte), prestes a ser comercializados na feira de Delmiro Gouveia. Agora já são 517 espécimes resgatadas.

Na ocasião, a FPI do Rio São Francisco impediu o comércio de 16 Extravagantes, quatro Galos-de-campina, três Azulões, dois Vim-vins, um Caboclinho, um Papa-Capim e um Xexéu-bananeira. Todos foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) provisório da força-tarefa.

Além dos pássaros resgatados, os agentes públicos apreenderam nove carcaças de Preá, mamífero típico do bioma Caatinga. “Buscamos por produtos e subprodutos de animais silvestres com o intuito de identificar caçadores, afinal a caça predatória também prejudica o equilíbrio da fauna, a ponto de ameaçar algumas espécies de extinção”, disse a coordenação da Equipe de Fauna da FPI do Rio São Francisco.

crédito Comunicação FPI AL

Sob a liderança do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, o grupo também conta com representantes do Instituto para Preservação da Mata Atlântica, SOS Caatinga, Batalhão de Polícia Ambiental, Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público do Estado de Alagoas.

Centro de triagem

Dos 517 animais resgatados, a FPI do Rio São Francisco já realizou a soltura de 228. Os demais se encontram em tratamento.

No Cetas provisório, os animais que precisam de tratamento médico-veterinário passam pelos devidos cuidados. Por lá, eles recebem suplementação vitamínica e vermifugação.

Os que se recuperam são encaminhados para soltura, mas os que precisam de acompanhamento prolongado ou procedimento cirúrgico vão para o Cetas de Maceió.

O Cetas de Maceió também recebe os animais que têm habitat localizado fora do Estado de Alagoas. Da Capital, eles seguem para serem soltos nos seus ambientes de origem.

Entrega voluntária

A FPI do Rio São Francisco convida toda população a realizar a entrega voluntária de animais silvestres. O ponto de recebimento fica em frente ao ginásio João Paulo II, na Praça Ceci Cunha, em Arapiraca, e funciona das 13h às 17h.

A população que contribuir com a entrega receberá uma muda de planta e guias informativos sobre preservação do meio ambiente. Não haverá punição para quem entregar, que pode fazê-lo de forma anônima.

Entre os animais resgatados e entregues, estão espécimes de Azulão, Bigodinho, Caboclinho, Canário-da-terra, Crauna, Extravagante, Galo-de-campina, Garibaldi, Gralha-cancã, Jabuti, Jesus-meu-deus, Mané-mago, Papa-capim, Papagaio-verdadeiro, Rolinha-caldo-de-feijão, Rolinha-fogo-apagou, Sabiá-do-campo, Sabiá-laranjeira, Sanhaço-cinza, Sebite, Tiziu, Trinca-ferro, Vim-vim, Xexéu-bananeira e Xofreu.

O destaque fica para o Pintasilgo-do-nordeste, que é um pássaro ameaçado de extinção.

A FPI do Rio São Francisco

A Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do Rio São Francisco) iniciou a sua 13ª etapa de ações em defesa do Velho Chico e da população ribeirinha localizada no Estado de Alagoas. Seu objetivo é melhorar a qualidade ambiental da Bacia do Rio São Francisco e a qualidade de vida dos seus povos. Os trabalhos acontecem de forma contínua e permanente. Para isso, realizam-se o diagnóstico dos danos ambientais e a adoção de providências administrativas, cíveis e criminais com a indução de políticas públicas.

FPI em Alagoas

Ao todo, 28 instituições/órgãos públicos e entidades da sociedade civil organizada compõem a FPI do Rio São Francisco em Alagoas. Eles são divididos em 13 grupos conforme a finalidade da fiscalização. Trata-se das equipes 1) Extração Mineral e Resíduos Sólidos; 2) Produtos de Origem Animal; 3) Recursos Hídricos; 4) Aquática (Pesca Predatória e Segurança no Transporte Aquaviário); 5) Produtos Perigosos; 6) Fauna; 7) Centros de Saúde; 8) Flora; 9) Educação Ambiental; 10) Comunidades Tradicionais; 11) Gestão Ambiental; 12) Segurança de Barragens; e 13) Projeto Sede de Aprender.

A FPI do Rio São Francisco em Alagoas é coordenada pelo CBHSF, MPE, MPF e BPA/PMAL, que desenvolvem os trabalhos de inteligência, organização e divulgação das atividades e resultados para a população.

Participam da FPI AL: a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal)Agência Nacional de Mineração (ANM), Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal)Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Estado de Alagoas (BPA/PMAL)Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Francisco (CBHSF), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea/AL)Conselho Regional de Medicina Veterinária de Alagoas (CRMV/AL), Conselho Regional dos Técnicos Industriais da 3ª Região (CRT-3), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Fundação Cultural PalmaresInstituto Hori, Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), Instituto Para Preservação da Mata Atlântica (IPMA)Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)Marinha do Brasil, Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE), Ministério Público Federal em Alagoas (MPF)Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Alagoas (OAB/AL), Polícia Rodoviária Federal (PRF)Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (SEMARH)Secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (SEMUDH)Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), SOS CaatingaTribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL) e Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).

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