Equipe Fauna atua desde sábado (27) em cidades do Agreste de Alagoas para o trabalho de resgate e conscientização da população sobre a importância de manter os animais em seu habitat
Em cinco dias da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do Rio São Francisco), 407 animais silvestres foram resgatados de cativeiros no Agreste de Alagoas pela Equipe Fauna. De acordo com o coordenador da equipe, desde sábado (27) os profissionais do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ministério Público do Estado (MPAL), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto para a Preservação da Mata Atlântica (IPMA) e SOS Caatinga estiveram nas cidades de Santana do Ipanema, Olivença, Monteirópolis, Major Izidoro, Palmeira dos Índios e Traipu para realizar o trabalho de resgate.
“O principal fator de manter animais silvestres em cativeiro, é o prejuízo ambiental. Uma vez que, ao capturarem os animais, as pessoas causam um desequilíbrio no ecossistema. Ao considerar que cada grupo ou espécie de animal realiza diferentes formas de interações com meio ambiente, poderá uma ou diversas áreas terem prejuízos ecológicos”, explica o coordenador da Equipe Fauna da FPI.
“No caso das aves, existem grandes influências, pois de acordo com hábito alimentar, elas podem exercer diferentes benefícios ecológicos, como a dispersão de sementes, controle de pragas, polinização, enfim são diferentes fatores de acordo com cada caso que afetará toda a biodiversidade”, continuou.
Nesta quarta-feira (1º), 230 pássaros das espécies Rolinha-fogo-apagou, Galo-de-campina, Tico-tico, Caboclinho, Tiziu, Cravina, Extravagante, Xexéu, Sabiá e outras espécies silvestres, foram devolvidas ao seu habitat depois de receberem avaliação por biólogos, médicos veterinários e zootecnistas. Os animais resgatados são levados para Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde passaram por tratamento e reabilitação para poder voltar para à natureza.
“A cultura da criação de animais silvestres, principalmente aves, ainda é muito forte no interior de Alagoas. A FPI é importante para reforçar o combate ao crime contra esses animais e também para informar para as pessoas que, caso queiram criar animais silvestres, elas podem se cadastrar como criador amador, buscar a legalização junto ao IMA. Nesse caso são aves, criadas desde novas em ambiente doméstico, com a devida documentação legal e o mais importante, sem captura na natureza e prejuízos a biodiversidade”, concluiu.
A FPI do Rio São Francisco
A Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do Rio São Francisco) iniciou a sua 13ª etapa de ações em defesa do Velho Chico e da população ribeirinha localizada no Estado de Alagoas. Seu objetivo é melhorar a qualidade ambiental da Bacia do Rio São Francisco e a qualidade de vida dos seus povos. Os trabalhos acontecem de forma contínua e permanente. Para isso, realizam-se o diagnóstico dos danos ambientais e a adoção de providências administrativas, cíveis e criminais com a indução de políticas públicas.
FPI em Alagoas
Ao todo, 28 instituições/órgãos públicos e entidades da sociedade civil organizada compõem a FPI do Rio São Francisco em Alagoas. Eles são divididos em 13 grupos conforme a finalidade da fiscalização. Trata-se das equipes 1) Extração Mineral e Resíduos Sólidos; 2) Produtos de Origem Animal; 3) Recursos Hídricos; 4) Aquática (Pesca Predatória e Segurança no Transporte Aquaviário); 5) Produtos Perigosos; 6) Fauna; 7) Centros de Saúde; 8) Flora; 9) Educação Ambiental; 10) Comunidades Tradicionais; 11) Gestão Ambiental; 12) Segurança de Barragens; e 13) Projeto Sede de Aprender.
A FPI do Rio São Francisco em Alagoas é coordenada pelo CBHSF, MPE, MPF e BPA/PMAL, que desenvolvem os trabalhos de inteligência, organização e divulgação das atividades e resultados para a população.
Participam da FPI AL: a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Agência Nacional de Mineração (ANM), Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Estado de Alagoas (BPA/PMAL), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Francisco (CBHSF), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea/AL), Conselho Regional de Medicina Veterinária de Alagoas (CRMV/AL), Conselho Regional dos Técnicos Industriais da 3ª Região (CRT-3), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Fundação Cultural Palmares, Instituto Hori, Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), Instituto Para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Marinha do Brasil, Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE), Ministério Público Federal em Alagoas (MPF), Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Alagoas (OAB/AL), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (SEMARH), Secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (SEMUDH), Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), SOS Caatinga, Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL) e Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).
Leia também:
Hospital melhora atendimento após fiscalização da FPI AL
FPI AL fiscaliza o Hospital de Emergência em Arapiraca
Pescadores em situação de vulnerabilidade são visitados pela FPI AL
500 l de agrotóxico irregulares são retirados de circulação
13a etapa da Fiscalização Preventiva Integrada em AL começa
Aves são resgatadas após flagrante em feira livre no município de Delmiro Gouveia
Fiscalização Preventiva Integrada inicia 12ª Etapa de proteção ao Rio São Francisco