FPI resgata 34 aves silvestres em Arapiraca

Compartilhe

Os animais são de 17 espécies diferentes, todos criados sem nenhuma autorização legal e, por isso, foram resgatados pela equipe da FPI.

Entre eles há: Papagaio-verdadeiro, Papagaio-do-mangue, Araçari-do-bico-branco, Tempera-viola, Canário-da-terra, Tiziu, Azulão, Sabiá-laranjeira, Sabiá-barranco, Galo-de-campina e Xexéu-verdadeiro.

Após o resgate, todos os espécimes foram levados para o Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas) instalado pela FPI, onde serão avaliados com o objetivo de posterior soltura em áreas de proteção ambiental conforme a ocorrência de cada espécie.

“Criar animais dessa forma, engaiolados, sem origem legal comprovada, sem que haja reprodução, só contribui para a extinção das espécies na natureza”, apontou Alberto Fonseca, titular da 4° Promotoria de Justiça da Capital (Defesa do Meio Ambiente) e um dos coordenadores da FPI.

Com atuação desde a última sexta-feira (15), a equipe Fauna já resgatou outros 230 animais, a maioria aves, além de jabutis e um preá.

Entrega voluntária

Durante a FPI, vários pontos serão disponibilizados para entrega voluntária de animais silvestres criados em cativeiro. Quem participar não receberá nenhuma sanção prevista na legislação ambiental e ainda ganhará brindes, como mudas de árvores.

Os pontos para entrega voluntária de animais silvestres são os seguintes, sempre das 10h às 16h:

  • Limoeiro de Anadia – 18/11, na Praça Major Luiz Carlos, mais conhecida como Praça dos Mototáxis – Centro da cidade;
  • Junqueiro – 19/11, na Praça das Cores;
  • São Sebastião – 21/11, na Praça Roque Lagoa;
  • Campo Grande – 26/11, na Praça da Prefeitura.

Para mais informações, é preciso acompanhar o perfil da FPI do Rio São Francisco no Instagram (@fpialagoas).

Coordenada pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), a equipe Fauna é composta também pelo Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), SOS Caatinga, Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministério Público de Alagoas (MPAL).

A FPI do Rio São Francisco

A FPI tem o objetivo de melhorar a qualidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e a qualidade de vida dos seus povos. Os trabalhos acontecem de modo contínuo e permanente. Para isso, realizam-se o diagnóstico dos danos ambientais e a adoção de providências administrativas, cíveis e criminais com a indução de políticas públicas.

Como programa, a FPI é estruturada em três fases: planejamento, execução e desdobramentos. A fase de desdobramento compreende o acompanhamento e monitoramento dos diagnósticos realizados e a atuação de repercussões de medidas administrativas pelos órgãos envolvidos, cíveis e/ou criminais e pelo Ministério Público competente.

Também é na fase de desdobramentos que o poder público e a sociedade civil organizada contribuem na regularização dos empreendimentos, reparação de danos detectados e efetivação das medidas de proteção necessárias.

Participam da 14ª etapa da Fiscalização Preventiva Integrada a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Estado de Alagoas (BPA/PMAL), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Francisco (CBHSF), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea/AL), Conselho Regional de Medicina Veterinária de Alagoas (CRMV/AL), Conselho Regional dos Técnicos Industriais da 3ª Região (CRT-3)Instituto Hori, Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL)Instituto Para Preservação da Mata Atlântica (IPMA)Marinha do BrasilMinistério Público do Estado de Alagoas (MPE)Ministério Público Federal em Alagoas (MPF)Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT)Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Rede Mulheres de Comunidades Tradicionais (RMCT), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH)Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (SEMUDH)Secretaria de Estado da Saúde (Sesau)SOS CaatingaTribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL), Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) e Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).

A FPI do Rio São Francisco em Alagoas é coordenada pelo CBHSF, MPE, MPF e BPA/PMAL, que desenvolvem os trabalhos de inteligência, organização e divulgação das atividades e resultados para a população.

Leia também:


FPI interdita 790 litros de agrotóxicos em comércio irregular
FPI do Rio São Francisco dá início à 14ª etapa em Alagoas com foco em municípios do Agreste e Sertão