Aves são resgatadas após flagrante em feira livre no município de Delmiro Gouveia

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A equipe fauna, que conta com os órgãos MPE AL, IMA, BPA, IBAMA, PRF, SOS CAATINGA e IPMA, recebeu uma denúncia de que estavam sendo comercializados animais silvestres e também havia presença de carne de caça. Chegando ao local, foi constatado maus tratos e animais presos em gaiolas. Além disso, também foram encontrados encontras 11 carnes de Preá prontas para serem comercializadas. A ação integrada ocorreu de maneira antecipada nas primeiras horas da manhã de hoje.

Eles foram levados pelo BPA para o Centro de Triagem da FPI, local no qual são destinados os animais para serem cuidados em um centro de triagem provisório instalado em Santana do Ipanema e posteriormente retornados à natureza. Dentre eles, estão Galos de Campina, Tico-tico, Azulão, Gralhas, Caboclinho, Sabiá Lanjeira, Sanhaçu, Xofreu e Cravina. 

“Os animais recebem a primeira triagem e avaliação clínica, se necessitar de atendimento, já é feito um suporte veterinário emergencial, senão esses animais são avaliados com relação a a capacidade de voo e a interação, a relação íntima com o ser humanos. Logo após, eles passam para um processo de adaptação e são retornados para a natureza a partir da ocorrência do bioma de cada um”, explica o médico veterinário e consultor ambiental do IMA, Rafael Cordeiro.

Sobre a FPI

Em 2002, teve início a primeira FPI, na época apenas no Estado da Bahia. Multidisciplinar, o programa tem como objetivos: melhorar a qualidade ambiental da bacia e dos seus recursos hídricos; combater o desmatamento, a captação irregular de água, os impactos dos agrotóxicos, a extração irregular de minérios, o comércio ilegal de animais silvestres, a pesca predatória, além de atuar no gerenciamento de resíduos sólidos. Outra frente é a da preservação do patrimônio arquitetônico, cultural e imaterial da bacia.

A FPI foi expandida para os estados de Sergipe, Alagoas (2014), Pernambuco e Minas Gerais. Em 2020, o programa foi premiado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) como o maior indutor de políticas públicas.

Órgãos que compõem a FPI AL: Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE AL)Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF)Ministério Público Federal (MPF); Ministério Público do Trabalho (MPT)Agência Peixe VivoAgência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal)Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh); Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas (Sefaz); Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau); Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri); Polícia Militar de Alagoas/ Batalhão de Polícia Ambiental (PM AL – BPA); Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea AL); Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Agência Nacional de Mineração (ANM); Polícia Rodoviária Federal (PRF); Superintendência do Patrimônio da União (SPU); Instituto do Meio Ambiente (Ima); Marinha do Brasil; Fundação Nacional da Saúde (Funasa); Fundação Nacional do Índio (Funai); Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Alagoas (CRMV AL); SOS Caatinga; IPMA – Instituto para Preservação da Mata Atlântica; OAB AL; ICMBio; Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE AL); Secretaria da Mulher e Direitos Humanos de Alagoas (Semudh); Fundação Palmares; Rede Mulher; Instituto Hori.

Sobre o São Francisco

O Rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d’água do Brasil e um dos maiores da América do Sul. É um manancial que passa por cinco estados e 505 municípios, tendo sua nascente geográfica localizada na cidade de Medeiros e sua nascente histórica na serra da Canastra, em São Roque de Minas, ambas cidades situadas no centro-oeste de Minas Gerais. Seu percurso passa pelos estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, onde acaba por desaguar no Oceano Atlântico.

O Velho Chico possui área de aproximadamente 641 mil km², com 2.863km de extensão. Atualmente suas águas servem para abastecimento e consumo humano, turismo, pesca e navegação.